Os estigmas que acompanham aspectos relacionados a aids, constituem ainda hoje, um bloqueio ao atendimento e assistência ao portador do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). A complexidade deste trabalho tem um duplo efeito sobre o profissional da saúde: além de acarretar um enorme desgaste psicológico, dificulta a identificação dos principais fatores deste desequilíbrio, multideterminados pelo medo, falta de informação, crenças individuais e principalmente pela forma fragmentada com que a doença é encarada nos meios especializados.
A isso, adiciona-se o risco de contaminação implícito no decorrer dos procedimentos que o profissional de saúde efetua ao cuidar dos pacientes portadores do HIV/aids, através de exposição acidental a material biológico potencialmente contaminado (MBPC), no transcurso do seu trabalho.
Diante destes fatos, o presente trabalho se propôs a analisar, a partir do risco e/ou experiência de exposição acidental a MBPC, alguns fatores emocionais tangentes à capacitação técnica que ora impulsionam para o trabalho, ora amedrontam e paralisam os profissionais da saúde que atendem o paciente portador do HIV/aids.