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Introdução
Autor: Equipe Riscobiologico.org - atualizado em 19/12/2008

Sabidamente há um risco aumentado de aquisição e de transmissão de doenças infecciosas em ambiente hospitalar: tanto o paciente como os profissionais de saúde têm maior risco de exposição a certas doenças infecciosas, assim como ambos podem ser o veículo de transmissão e disseminação de doenças. O profissional de saúde está exposto a diversas doenças infecciosas em sua prática diária: transmissíveis por via respiratória (tuberculose, varicela, rubéola, sarampo, influenza, viroses respiratórias, doença meningocócica), transmissíveis pela exposição a sangue e fluidos orgânicos (HIV, hepatite B, hepatite C, raiva), de transmissão fecal-oral (hepatite A, poliomielite, gastroenterite, cólera) e transmitidas pelo contato com o paciente (escabiose, pediculose, colonização por estafilococos). O risco de exposição varia segundo o tipo de atividade exercida, o uso de medidas preventivas à exposição e a prevalência local de doenças. O risco de aquisição de doenças depende não somente do tipo de exposição, da patogenicidade do agente infeccioso e da existência de profilaxia pós-exposição, como da prevalência local de doenças e da susceptibilidade do profissional de saúde.


O papel do profissional de saúde como transmissor de doenças infecciosas na prática clínica não pode ser desprezado. O risco do profissional transmitir doenças aumenta caso o emprego de técnicas adequadas, como a lavagem de mãos, não sejam empregadas corretamente e caso ele esteja susceptível a certas doenças transmissíveis.


Por estarem mais expostos a certas doenças transmissíveis, os profissionais de saúde devem estar adequadamente imunizados além de obviamente utilizar corretamente as técnicas de proteção individual para minimizar o risco de aquisição de certas doenças infecciosas:


A vacinação é a ferramenta mais eficaz para a prevenção de certas doenças infecciosas de possível transmissão em ambiente hospitalar (hepatite B, varicela, sarampo, influenza, caxumba, rubéola). A vacinação adequada de profissionais de saúde diminui o risco de aquisição de doença por diminuir o número de susceptíveis a doenças imunopreviníveis.


Para assegurar que haja um menor risco para o profissional de saúde de aquisição ou transmissão de doenças infecciosas, tanto a educação em relação ao emprego correto das técnicas de proteção individual como a vacinação adequada devem ser realizadas previamente ao ingresso do profissional de saúde em sua prática diária, o que raramente ocorre no Brasil. A implementação de campanhas educacionais para profissionais de saúde sobre prevenção de doenças de transmissão nosocomial (vacinação, uso de equipamentos de proteção individual) seria fundamental para diminuir o risco de aquisição e transmissão de certas doenças infecciosas.


Além das vacinas ordinariamente recomendadas aos profissionais de saúde e à população geral (contra hepatite B, varicela, sarampo, rubéola, caxumba, influenza, tétano e difteria, hepatite A) deve-se avaliar a indicação de outras vacinas (contra poliomielite, raiva, doença meningocócica, febre tifóide, varíola, coqueluche, febre amarela) segundo a prevalência local de doenças e os riscos individuais de exposição e morbidade. A vacinação adequada visa assegurar e manter imunidade, diminuindo o risco desses profissionais adquirirem ou transmitirem doenças imunopreviníveis e deve ser, portanto, parte essencial de programas de prevenção e controle de infecção. Outro fato de relevância para justificar a maior preocupação quanto à vacinação de profissionais de saúde é o risco de reintrodução de patógenos com baixa prevalência em uma comunidade a partir de grupos populacionais susceptíveis com maior risco de exposição a doenças transmissíveis, como profissionais de saúde.



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